30 de abril de 2008


Palavras – Ana Barreto

Jamais podemos esquecer que somos donos das nossas palavras... Mas apenas até que sejam ditas por nossa boca ou escritas por nossas mãos... Daí em diante, cada ouvinte ou leitor torna-se um arvorado dono e as assimila, guarda-as no coração, divulga-as ou tenta esquecê-las... Tudo depende do que conseguimos dizer com elas... Assim sendo, devemos acarinhar cada palavra que sai de nós, antes de lançá-la aos desencontros do mundo... Palavras de amor apenas podem ser ditas a quem se ama. Quem dera tenhamos muitos amores, assim as belas e doces palavras viverão em nós em constante ebulição. Palavras tristes e amargas devem ser refletidas pois, após ditas, a dor que causam não se apaga. E não é por rancor, mas apenas por falta de uma bendita crise de amnésia. As palavras são as nossas ações em estado latente... São reflexos do que fizemos ou somos capazes de fazer e não fazemos pelos limites impostos pelo nosso senso de responsabilidade... Que bom que o temos! É necessário lembrar que a reflexão sobre cada palavra que sai de nós deve ser uma prática constante e incansável e apenas dessa forma seremos capazes de fazer a alegria frutificar ou, pelo menos, enfraquecer as raízes do mal.

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