30 de abril de 2008


Refletindo o Amor – Ana Barreto

Saint Exupéry escreveu em O Pequeno Príncipe que "somos eternamente responsáveis por aqueles a quem cativamos". Comecei a pensar na profundidade disso. Racionalizar sentimento é complicado! Ele surge sem tempo, hora ou lugar marcado. Surge como simpatia quando aquela funcionária do banco nos oferece um sorriso espontâneo, surge como admiração quando um amigo nos aconselha sabiamente, se reforça no abraço que recebemos dos nossos familiares, surge enfim quando encontramos a pessoa que faz nosso coração disparar... Então nasce o amor... Em tempos de carência e solidão o amor surge fácil e pode ser confundido com paixão, desejo, com a simples necessidade de se ter um coração ocupado! Mas isso não é amor. É necessidade... O amor brota fácil! Palavras que soam como canção, um olhar que nos tira a razão, um sorriso iluminado, o tom da voz inebriado, um afago que nos faz renascer... É fácil amar porque o amor é desprendido. Eles nos torna compassivos, tolerantes, benevolentes, maleáveis... Ele nos torna "o outro"... Porém, estabelecer o amor como prioridade é atitude de poucos. Isso exige coragem! Trabalhar amando, viver as relações familiares amando, sair com os amigos amando, sentar à frente de um computador e trocar idéias com outras pessoas amando, caminhar pelas ruas amando... Amar é mergulhar no outro, é se emaranhar nas emoções do outro, é um querer estar junto, um pensar o dia todo, um sonhar acordado, uma saudade do beijo, do afago, do som do riso, um suspiro nascido da alma... O amor preenche a nossa vida sem ocupar os espaços vazios, mas sim, tornando tudo o que fazemos estonteantemente belo! Não sei como você ama... Mas eu só sei amar assim...

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